Universidade de Coimbra apoia famílias ucranianas

Estádio Universitário e cantinas são espaços disponibilizados pela UC para receção e apoio às famílias provenientes da Ucrânia.

MC
Marta Costa
KP
Karine Paniza
28 março, 2022≈ 3 mins de leitura

© UC | Karine Paniza

São cerca de cinco dezenas as pessoas que estão atualmente instaladas no Pavilhão 2 do Estádio Universitário de Coimbra. Integram um grupo de refugiados ucranianos, trazido para Coimbra por um grupo informal de voluntários. O Estádio Universitário e as cantinas, onde fazem as refeições, são o ponto de partida, daí, cada família vai partir para as casas em que vão ficar alojadas. A Universidade de Coimbra (UC) associa-se assim aos voluntários com o trabalho de receção e auxílio as vítimas da guerra na Ucrânia.

De acordo com o Vice-Reitor para Qualidade, Desporto e Serviços de Ação Social, António Figueiredo, "a UC foi contactada pelo grupo informal de ajuda humanitária e teve uma resposta imediata de que sim, iria ser parte da solução". "Mediante um apelo da sociedade civil, a Universidade não podia ficar indiferente e tinha de dar seguimento. Esta é a matriz identitária da UC", garante o responsável.

Mediante um apelo da sociedade civil, a Universidade não podia ficar indiferente

O auxílio é maioritariamente logístico. "Optámos por fazê-lo no Pavilhão 2, uma nave mais acolhedora, mais fácil de aquecer e com todas as valências necessárias", conta António Figueiredo. O Vice-Reitor explica que a UC rapidamente deu mais um passo “para dar o maior conforto possível para quem vive este drama e vê as suas vidas interrompidas ou em suspenso”: usando as valências do EUC, nomeadamente as cantinas, a UC está a fornecer as três refeições do dia na cantina às famílias ucranianas.

Para além disso, conta o responsável, dentro do Pavilhão, há um espaço de catering e foi montado “um espaço dedicado às crianças com brinquedos”. “Deixo uma nota importante sobre a solidariedade e espírito que se criou em toda a Universidade, com a creche e jardim de infância dos Serviços de Ação Social a mobilizarem-se para construir esse espaço”, acrescenta António Figueiredo.

Este conteúdo é reproduzido a partir de uma fonte externa e não está disponível porque o seu navegador tem os cookies bloqueados.

Eis o que pode fazer:

"Nada disto teria sido possível sem o apoio da Universidade", garante Margarida Mesquita Carvalho. "Desde o primeiro momento, com toda a disponibilidade e o apoio, institucional e não só - os colaboradores da UC que apareceram de forma voluntária para nos ajudar. Esteve a UC, instituição, e esteve a UC, colaboradores, de alma e coração", garante a voluntária.

Margarida Mesquita Carvalho e Fátima Vilaça fazem parte do grupo "Viagem da Esperança" que se organizou, juntamente com algumas entidades. "Agora está tudo a começar", defende Fátima Vilaça. "Não tínhamos ideia da dimensão do projeto, nem da generosidade das pessoas", refere.

Depois de atravessar a Europa e de uma primeira etapa no EUC, há ainda muito trabalho a fazer. Margarida Mesquisa Carvalho conta que chegaram sábado, 26 de março. Após o apoio de uma equipa médica, para rastreio COVID e consultas mais detalhadas para informação clínica futura, os voluntários tiveram ainda apoio para registo no SEF.

"O nosso objetivo, enquanto voluntários, não é abandonar estas pessoas à sua sorte. Queremos construir uma rede de contactos e rede de apoio, para os assistir no que for necessário. Daqui, precisam de outras ajudas, para perceber onde são os sítios, as escolas, por exemplo. E cá estaremos para continuar a dar apoio", acrescenta Margarida Mesquita Carvalho.