Uma viagem pela história do livro desde o manuscrito ao e-book

Um dos destaques da exposição é o livro mais antigo da BGUC, uma bíblia em latim com a mesma idade que Portugal.

07 março, 2016≈ 7 mins de leitura

© UC | Milene Santos

Durante dois meses, as portas da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (BGUC) estão abertas para mostrar “o melhor que há na história do livro”. Numa altura “em que toda a gente fala do livro, esta é uma das exposições estruturais da Semana Cultural”, sublinha o diretor adjunto da BGUC, António Maia do Amaral. Upgrading Since 1150 | Do Manuscrito Ao E-Book apresenta “peças que habitualmente não são vistas e que era indispensável mostrar nesta ocasião”.

Maia do Amaral refere, por exemplo, uma bíblia manuscrita do século doze, tão antiga quanto o nosso país. “É o livro mais antigo da BGUC”, revela o responsável. Na exposição, o mais antigo está lado a lado com o mais moderno, os e-readers. “A ideia de juntar as duas coisas, foi para dizer que isto ainda é livro”, afirma Maia do Amaral. O diretor adjunto da BGUC explica que, apesar de eletrónico, um e-reader mantém muitas das características que formam o livro, como o índice, a estrutura, a forma como é lido. Talvez no futuro isso volte a mudar. “O formato do livro alterou a maneira das pessoas lerem”.

 

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Produzida no centro da Europa, esta bíblia é o livro mais antigo da Biblioteca Geral da UC, tão antiga como o país.

 

Na exposição “Do Manuscrito ao E-Book” damos o salto para outras “peças muito importantes” da BGUC que normalmente não estão disponíveis ao público. Como a Bíblia de 48 linhas, “o segundo grande livro que foi impresso, ainda com um aspeto parecido ao manuscrito”, conta o diretor adjunto da BGUC. Ou, “um exemplo de um dos primeiros livros completamente ilustrados, a Crónica de Nuremberga, que conta a história desde o princípio do mundo e no final deixa algumas folhas em branco, para as pessoas acrescentarem o que fosse acontecendo no seu próprio tempo”, continua Maia do Amaral.

A exposição está aberta ao público de segunda a sexta-feira, até 29 de abril, e Maia do Amaral aconselha todos os interessados a pedir uma visita guiada “para terem uma explicação e uma perspetiva da importância destes documentos”. “Estamos todos muito fartos de ver coisas só pelas coisas, que normalmente não têm explicações. Estamos demasiado rodeados de informações e de imagens”. A entrada é gratuita.

 

 

Mais informações sobre a exposição aqui.

Pode conhecer toda a programação da 18ª Semana Cultural em uc.pt/semanacultural e ainda através do facebook, aqui.

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