NAE junta-se à Noite Europeia dos Investigadores 2025 com atividades interativas
O Núcleo das Áreas Estratégicas da UC mostrou ao público o papel dos profissionais que apoiam a investigação científica na Universidade de Coimbra
Na noite de 8 de outubro, a Baixa de Coimbra voltou a encher-se de ciência, com mais uma edição da Noite Europeia dos Investigadores, iniciativa que todos os anos aproxima o público da investigação científica. Este ano, mais de 600 cientistas da Universidade de Coimbra dinamizaram 93 atividades gratuitas, entre demonstrações, jogos, experiências e conversas que mostraram como a ciência responde aos desafios da atualidade.
O Núcleo das Áreas Estratégicas (NAE), do Serviço de Promoção e Gestão da Investigação (SPGI) da UC, marcou, pela primeira vez, a sua presença no evento, com a atividade “Mergulho nos bastidores da ciência – o apoio e gestão em investigação”, em colaboração com o projeto europeu RM Framework: Creating a European Framework for Research Management Training and Networking.
A participação do NAE teve um propósito claro: mostrar que a ciência também se faz de quem está nos bastidores — as equipas que apoiam, gerem e acompanham os projetos de investigação. “Queríamos dar visibilidade a todas as pessoas que trabalham em ciência para além dos cientistas”, explica Isabel Neves, gestora da Área Estratégica Recursos Naturais, Agroalimentar e Ambiente. “Há um conjunto de profissões que promovem e tornam possível a investigação — desde a gestão de candidaturas e projetos à comunicação de ciência e gestão de dados de investigação.”
Para tornar o conceito mais acessível, o NAE levou para a Baixa de Coimbra jogos de tabuleiro e perguntas inspirados no ciclo de vida de um projeto de investigação. De forma lúdica, estas atividades permitiram transmitir a importância dos gestores de ciência às diferentes fases do processo. Foram apresentados dois jogos de tabuleiro: um centrado no percurso da ideia até à obtenção de financiamento e outro que destacava o potencial impacto social e económico dos projetos científicos ilustrando o trabalho desenvolvido nas etapas de pre-award e post-award.”
Além disso, o gestor do projeto RM Framework Marcos Gomes criou um jogo de perguntas para crianças, em que os participantes iam montando um puzzle à medida que respondiam corretamente a questões simples sobre o que é a gestão de ciência e o papel destes profissionais. O RM framework, gerido na UC pelo Instituto de Investigação Interdisciplinar, é um projeto europeu visa dar visibilidade à profissão da gestão de ciência e criar um selo de qualidade para formações, harmonizando as formações a nível europeu em gestão de ciência.
A recepção do público não podia ter sido mais positiva. “As pessoas mostraram muito interesse pelo que fazíamos. Foi ótimo perceber que até os mais pequenos entenderam que o nosso trabalho é apoiar a investigação”, afirma Natacha Leite, da Área Estratégica Digital, Indústria e Espaço. “Algumas pessoas também repararam que era a nossa primeira vez a participar na noite europeia dos investigadores. Tivemos muito interesse da parte de estrangeiros e estudantes internacionais que começaram a estudar ou que estão a fazer doutoramento em Coimbra”, acrescenta Nádia de Sousa.
Houve até quem confundisse o papel do NAE com o de financiadores. “Alguns perguntavam se éramos nós que dávamos o dinheiro”, conta Shiva Saadatian, da Área Estratégica Clima, Energia e Mobilidade, entre risos. “Foi uma boa oportunidade para explicar o que realmente fazemos — ajudar os investigadores a encontrar e gerir financiamento.”
Para a equipa, o evento foi também uma forma de dar visibilidade ao SPGI e às suas quatro divisões de apoio à investigação. “Muita gente levou os nossos panfletos informativos, com o trabalho de todas as divisões”, acrescenta Isabel Neves. “E os próprios jogos, fomentaram conversas sobre o apoio à investigação na Universidade de Coimbra, e como é que se chega até a esse apoio. ”
No balanço final, a experiência deixou vontade de repetir. “Foi muito recompensador levar o nosso trabalho para a rua e conversar com pessoas genuinamente interessadas em saber o que fazemos”, sublinha Natacha. Já Shiva Saadatian adianta que gostariam de “ter, numa próxima edição, novos jogos e talvez um pequeno objeto para oferecer ao público, para que fiquem com um registo do nosso trabalho”.
O “mergulho nos bastidores da ciência” do NAE mostrou que a investigação se constrói em equipa — e que por trás de cada projeto científico há sempre gestores e gestoras que ajudam a transformar ideias em conhecimento e impacto na sociedade.