Seminário “Racismo em Português – o lado esquecido do colonialismo” no CES
O Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra recebe, a 11 de maio pelas 14h30, o seminário “Racismo em Português – o lado esquecido do colonialismo”, que Joana Gorjão Henriques (Jornal Público). A entrada é livre.
Depois de mais de 100 entrevistas e reportagens nos cinco países africanos colonizados por Portugal, as grandes reportagens “Racismo em Português – o lado esquecido do colonialismo” (publicadas pelo Público e disponíveis em https://www.publico.pt/racismo-em-portugues) refletem sobre as marcas deixadas nos territórios ocupados. Num confronto entre o presente e o passado mostra-se o lado esquecido do colonialismo, tendo procurado ouvir-se a versão africana da história colonial recente, e fazer uma reflexão sobre a forma como o racismo foi usado para dominar. É o início de uma conversa com quem está interessado em ter uma visão crítica do colonialismo.
Trata-se de uma iniciativa organizada pelos projetos de investigação “CROME – Memórias cruzadas, políticas do silêncio: as guerras coloniais e de libertação em tempos pós-coloniais” e “MEMOIRS – Filhos de Império e Pós-memórias Europeias”, desenvolvidos no âmbito do CES.
Sobre Joana Gorjão Henriques
Nasceu em Lisboa, em 1975. É autora do Livro “Racismo em Português – o lado esquecido do colonialismo”, edições Tinta da China. Entrou para o jornal Público no final de 1999. Trabalhou durante dez anos na Cultura, tendo participado no lançamento do novo suplemento cultural Ípsilon. Em 2009 ganhou a bolsa de um ano para jornalistas da Nieman Foundation, na Universidade de Harvard, e em 2010 foi estudar Sociologia na London School of Economics, em Londres. Nestes dois anos focou a sua investigação académica nas relações raciais e étnicas. Escreve para o PÚBLICO sobre várias áreas e é autora de artigos de opinião para o jornal inglês The Guardian e para o site americano The Root. As suas reportagens têm-se centrado em histórias de direitos humanos e de discriminação. Participou em inúmeros debates sobre o seu livro, em Portugal e no estrangeiro, tendo sido convidada da conferência sobre “novas direções na África Lusófona”, na Universidade de Oxford, Reino Unido, em Novembro de 2016.