Orphika 2023: In Memoriam Pedro Thalesio

É uma dupla estreia. O coro de vozes masculina Capela Gregoriana Psalterium estreia-se no Ciclo de Música Orphika. A Sé Velha também.

MC
Maria Cano
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Marta Costa
12 novembro, 2023≈ 2 mins de leitura

© UC | Maria Cano

A data de 1117 é a que está inscrita na pedra de sagração da igreja. O edifício atual da Sé Velha de Coimbra é da segunda metade do século XII e o estilo adotado é o românico coimbrão. Pela primeira vez, o local é palco no Ciclo de Música Orphika pela mão da Capela Gregoriana Psalterium.

E quem são eles? O coro gregoriano “está neste ano a iniciar o seu 25.º aniversário. Surgimos como um grupo de amigos ligados à música, todos músicos amadores”, esclarece Rui Vilão, um dos cantores da Capela Gregoriana Psalterium.

O coro, integrado exclusivamente por vozes masculinas, estava atento ao ciclo de música da Universidade de Coimbra (UC). “Todos temos visto o Orphika a desenvolver-se nos últimos anos, com o seu impacto na vida cultural da cidade”, explica o também docente da UC. A candidatura surgiu de forma orgânica “porque a Universidade é a alma mater da maior parte dos elementos do grupo”.

Decidiram trazer um concerto de homenagem. O escolhido foi Pedro Thalesio, "uma figura muito conhecida da história da música portuguesa e da história da música da Universidade”, refere Rui Vilão.

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Tendo como figura de proa o lente de música do século XVII, o concerto pretendeu extravasar Pedro Thalesio e “homenagear, de certa forma, toda a grande música que foi feita não só na Universidade, mas em toda a cidade, Santa Cruz e na própria Sé”. Ao ser uma homenagem póstuma, o coro gregoriano escolheu uma música de réquiem, ou seja, uma composição musical sobre o texto litúrgico da missa dos defuntos.

Já cantaram no Brasil e no Vaticano, mas continuam a considerar a Sé Velha de Coimbra um palco extraordinário. “Para nós, Capela Gregoriana Psalterium, é quase a nossa casa natural porque estas paredes são uma caixa de reverberação fantástica”, elucida.

Por motivos acústicos, o concerto é feito no trifório, galeria estreita num piso superior. Quem assiste não vê quem canta. Quem canta não vê a plateia. Rui Vilão considera que é uma boa escolha no canto gregoriano em termos de sonoridade. Mas não só. É também um “convite a desfrutar da espiritualidade desta música” e uma “experiência um bocadinho menos visual e mais auditiva”. Até porque “é um concerto” e a “música é para ouvir, antes de mais”.

Consulte a programação completa do ciclo de música Orphika 2023.

In Memoriam Pedro Thalesio


  • Concerto • Música Erudita
  • Catedral de Santa Maria de Coimbra (Sé Velha)

O recital de cantochão evoca Pedro Thalesio, um compositor de origem espanhola que foi nomeado em 1613 Lente de Música na UC. Dedicou a sua vida à música religiosa, tendo editado em 1618 o livro “Arte de Canto Chão”. No ano em que se completam 460 anos do seu nascimento e 410 anos da sua nomeação para a Cátedra de Música, o recital que será apresentado incluirá parte do repertório gregoriano de “Ordo Exsequiarum” e de “Missae Pro Defunctis”. 405 anos da edição da “Arte de Canto Chão”. O recital de cantochão que se propõe incluirá parte do repertório gregoriano do Ordo Exsequiarum e Missae Pro Defunctis.”

  • Associação Capela Gregoriana Psalterium
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