Muitas críticas na primeira noite de concertos da Latada

16 outubro, 2014≈ 4 mins de leitura

© UC | Mariana Ribeiro

Desde o atraso na montagem das barracas dos núcleos de estudantes até à abertura das portas, que foi mais tarde do que o previsto, a noite do Sarau Académico teve ainda direito a chuva constante. A organização foi criticada e as falhas marcaram a primeira noite da Festa das Latas e Imposição de Insígnias 2014.

As portas demoraram a abrir e vários estudantes mostraram revolta enquanto esperavam à chuva. O presidente da Direcção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC) conta que o período das nove da noite até à uma da manhã teve “péssimas condições climatéricas”, o que resultou no atraso. Bruno Matias revela que, nessa altura, estavam a ser garantidas “todas as condições de segurança dentro do parque”. O estudante de Direito adianta que, apesar do atraso “de trinta a quarenta minutos”, a DG/AAC faz um “balanço positivo” da noite. “Numa noite como aquela, com frio, chuva e vento, ate estávamos com expectativas de menor afluência. Mas penso que foi uma boa noite com bastantes estudantes no recinto”, diz.

Apesar de pequeno, o atraso levou a que os grupos subissem mais tarde ao palco. “Gostava que as atuações começassem a horas, o que não está a acontecer”, desabafou Rita Agrela, estudante de Ciências Farmacêuticas.

Ao longo da noite, a chuva não ajudou à festa e, em alguns momentos, chegou mesmo a levar a melhor. “Chove lá fora como chove aqui”, afirmavam elementos do grupo RAGS da Tuna Académica da Universidade de Coimbra ao microfone do palco principal. Também a Orxestra Pitagórica, da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra decidiu criticar, com irreverência, os problemas de infraestruturas do palco, apresentando-se debaixo de guarda-chuvas. Na zona de imprensa, o trabalho também funcionava a “meio gás”, de que é exemplo a TvAAC que, sem internet, não teve oportunidade de fazer os habituais diretos ao longo da noite.

Quanto à zona dos Núcleos de Estudantes, abundavam os slogans alusivos ao governo. Os cortes e o desemprego são os temas mais repetidos pelas barracas dos estudantes, com alusões a Nuno Crato, ministro da Educação e Ciência.

Mas nem tudo foram críticas. Ana Maria Ruiz, aluna de Geologia, está de Erasmus em Coimbra e tem grandes expectativas: “ é a primeira vez que venho à Latada, espero divertir-me, ouvir boa música e viver o verdadeiro espírito académico”. Também Cátia Jorge, estudante de Medicina é da opinião que a mudança do conceito da festa foi positiva. De acordo com a estudante, “uma semana de Latada é excessivo”. Cátia Jorge acredita que a organização “contornou bem as restrições financeiras e o facto de a Reitoria nos conceder dois dias é excelente”.

 

(Reportagem realizada por Ana Zayara, Carlos Pires e Mariana Ribeiro, voluntários PIMC)

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