Imposição de insígnias mantém a tradição de abrir o cortejo da Festa das Latas

A cerimónia de Imposição de Insígnias no Paço das Escolas marcou o início do Cortejo da Latada, celebrando a tradição académica e reunindo finalistas e novos estudantes de Coimbra.

MC
Marta Costa
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Karine Paniza
05 outubro, 2025≈ 3 mins de leitura

© UC | Marta Costa

Tradição foi a palavra que mais se ouviu no Paço das Escolas, antes e depois da cerimónia de Imposição de Insígnias. A sessão, que abriu a Porta Férrea a mais de mil estudantes grelados, foi o ponto de partida tradicional para o que se considera o ponto alto da Festa das Latas e Imposição de Insígnias e que junta finalistas e novos estudantes, o Cortejo da Latada. Apesar do Sol e calor, o Paço das Escolas recebeu todos os que não quiseram arredar pé de mais uma tradição da cidade dos estudantes.

O “grelo é a insígnia do mérito académico”, explica o Dux Veteranorum da Universidade de Coimbra (UC), Matias Correia, e simboliza, no âmbito da praxe de Coimbra, “que o estudante está no último ano de licenciatura”. Durante a cerimónia de imposição de insígnias, “o que se vai fazer é colocar, a todos os estudantes que conseguiram ser finalistas no seu curso, esse grelo”.

E foi mesmo isso que aconteceu, primeiro de forma simbólica, com um representante de cada faculdade que integra o Universo UC, e depois, cada estudante presente foi vendo o grelo a ser colocado na sua pasta. Com um grito de EFE-ERRE-Á, a Porta Férrea foi aberta e foi dado início ao Cortejo da Latada, onde os novos estudantes, vestidos a rigor, com mais ou menos latas nos pés, foram descendo as ruas da cidade, celebrando o início do ano letivo.

Entre fotografias, abraços e pastas atarefadas, os estudantes iam encontrando algumas sombras, ou mesmo no sol do início da tarde para a colocação do grelo. Entre quem estava dentro do Paço, não parecia haver pressa para arrancar o Cortejo, mesmo já se ouvindo gritos de ordem e cânticos que caracterizam a festa de outubro.

João Latour, da Faculdade de Direito, era um dos que repetia o processo de colocar o grelo em vários colegas, até, entre risos, pedir que alguém também colocasse o seu. Veio por “ser uma tradição que mantém Coimbra uma cidade de estudantes viva e que é sempre um momento de convívio e de amizade que marca para sempre a nossa caminhada e a nossa passagem pela cidade e pelas faculdades”, garante. O estudante de Direito espera “que continuem nos próximos anos a fazer o que estamos a fazer aqui, para que isto não se perca” e considera que “é uma mais-valia de Coimbra”.

Também Rita Morais, da Faculdade de Economia da UC, marcou presença “porque é a tradição” e quis “fazer parte” dela. Foi “também pela tradição, para trazer o grelo na pasta e levar o nabo para as pessoas que fazem parte do curso trincarem, afilhados e também da família” que Maria Moreira veio. “Acho que é uma tradição bonita e viemos fazer parte dela”, acrescentou a também estudante do curso de Economia da FEUC.

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