Conferência “Como a genética conta a nossa grande história humana” traz à UC o biólogo sueco Svante Pääbo

A sessão acontece hoje, dia 22 de outubro, a partir das 18h00 na Faculdade de Direito.

22 outubro, 2019≈ 4 mins de leitura

© DR

A Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra acolhe a 22 de outubro, às 18h00, a conferência “Como a genética conta a nossa grande história humana”, no âmbito do Ciclo de Debates e Conferências do Mês da Ciência e da Educação da Fundação Francisco Manuel dos Santos.

A iniciativa conta com a presença de Svante Pääbo, biólogo sueco especializado em genética evolutiva. Trata-se de um dos fundadores da paleogenética e que trabalhou intensivamente no genoma do Neandertal. É também diretor do Departamento de Genética do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, em Leipzig, Alemanha. Ganhou vários prémios, incluindo o Príncipe das Astúrias em 2018 e é autor do livro ‘Homem de Neandertal’ (Gradiva, 2019).

A sessão vai contar também com as intervenções de Eugénia Cunha, antropóloga da Universidade de Coimbra, diretora do Instituto de Medicina Legal de Lisboa e autora do livro ‘Como Nos Tornámos Humanos’, e de Luísa Pereira, investigadora do i3S — Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, associado à Universidade do Porto, especialista em genética populacional humana e co-autora do livro ‘O Património Genético Português: A história humana preservada nos genes’. A moderação vai estar a cargo de David Marçal, antigo jornalista de ciência no jornal Público, autor do Inimigo Público e de vários espetáculos de teatro e programas de televisão sobre temas científicos.

 

A conferência vai ter transmissão em direto a partir daqui.

 

 

Resumo
Hoje sabemos que houve encontros entre Homo sapiens e Neandertais, tal como ocorreram outros movimentos e misturas de populações antigas. As novas tecnologias têm permitido estudar os genomas antigos e conhecer melhor a história das populações humanas. Será esta uma «revolução do ADN antigo», como dizem?
Hoje é possível contar a nossa grande história como seres humanos com a ajuda da genética: sabemos que houve encontros entre Homo Sapiens e Neandertais, tal como ocorreram outros movimentos e misturas de populações antigas. A genética ajuda-nos a compreender o passado e o processo através do qual nos tornámos o que somos hoje.
Os primeiros estudos de ADN antigo foram demorados e incompletos. Mas, a partir de 2010, um conjunto de novas tecnologias permitiu que esses estudos se tornassem rotineiros. Desde então, foram publicados milhares de genomas antigos, o que tem permitido conhecer cada vez melhor a história das populações humanas de todo o mundo. Os resultados são tão surpreendentes, que há quem fale de uma “revolução do ADN antigo”.

 

 

Milene Santos (com Fundação Francisco Manuel dos Santos)
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