Anozero’24 traz inquietação e questionamento

O dia de abertura da quinta edição do Anozero - Bienal de Coimbra, 6 de abril, foi assinalado com uma visita que percorreu vários núcleos expositivos.

MC
Maria Cano
KP
Karine Paniza
06 abril, 2024≈ 2 mins de leitura

© UC | Maria Cano

“Inquietação” é o que deve levar quem passar pela Bienal de Coimbra porque a arte serve “para colocar questões para desestabilizar, para entrarmos uns e sairmos outros". A visão é dada pelo diretor do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC), Carlos Antunes, durante a inauguração do Anozero’24 - Bienal de Coimbra.

O Fantasma da Liberdade é o tema desta edição, que decorre até 30 de junho, e surge inspirado no filme do cineasta espanhol Luis Buñuel com o mesmo nome.

Carlos Antunes considera que o dia de inauguração da Bienal é “o dia mais luminoso” em todo o ano, onde a arte é um “portal para as pessoas que vêm e para as pessoas que vão e trazem a sua mundividência”.

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Eis o que pode fazer:

A Universidade de Coimbra (UC) conta este ano com uma obra no Pátio das Escolas. Para o Reitor da UC, Amílcar Falcão, o “facto de termos a instalação no Paço das Escolas é também um sinal do nosso compromisso com a Bienal Anozero”. Mas a presença física da UC na Bienal não se esgota aqui. Também há instalações no “Museu da Ciência, no Jardim Botânico e no Colégio das Artes”, acrescenta Amílcar Falcão.

Contando com 40 artistas oriundos de Angola, Argentina, Brasil, França, Alemanha, Moçambique, Portugal, Espanha, Reino Unido ou Estados Unidos da América, a Bienal realiza-se em oito espaços de Coimbra.

Para o Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva, é “um orgulho” fazer parte “desta grande aventura que é a Bienal”. Este "triângulo feliz entre a cidade, a Universidade e o Círculo de Artes Plásticas não tenham dúvida que é para continuar porque Coimbra é toda ela um grande espaço por descobrir", salientou José Manuel Silva.

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Eis o que pode fazer:

Relembrando que a Bienal "é um projeto de grande escala, com crescente reconhecimento internacional e as obras acompanham essa ambição”, Carlos Antunes destaca duas que “expressam com alguma evidência aquilo que é o programa curatorial”.

Uma delas é uma buzina do artista Berio Molina patente no Museu de Santa Clara-a-Nova. Uma “buzina de um navio que toca numa cidade que não tem mar” dá “conta do quanto a arte é uma fricção entre a realidade e aquilo que lá colocamos”, explica.

Já no Pátio das Escolas, um “lugar emblemático da Universidade, do país”, um “lugar de encontro de culturas, está instalada uma obra absolutamente magnífica do Yonamine”, que pretende questionar “isto a que chamamos o estrangeiro”, acrescenta.

A inauguração contou também com a presença dos curadores da Bienal, Marta Mestre e Ángel Calvo Ulloa, e do Vice-Reitor da UC para a Cultura e Ciência Aberta, Delfim Leão, entre outros responsáveis.

Conheça a programação completa do Anozero - Bienal de Coimbra aqui.

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