A 2 de novembro, sexta-feira, a Associação Académica de Coimbra (AAC) encerrou o 130.º aniversário com uma gala que percorreu os grandes momentos históricos da mais antiga associação de estudantes do País. No final, cantaram-se os parabéns à AAC pelos 131 anos, assinalados a 3 de novembro.
Foram várias as secções culturais e desportivas que subiram a palco para recriar alguns dos momentos dos 130 anos de história da AAC, como a tomada da Bastilha, a crise académica de 69 ou a final da Taça de Portugal, no Jamor, também durante a crise.
Durante o espetáculo, houve tempo para entrevistas com alguns dos protagonistas. Não “pediu a palavra” mas foi convidado a falar Alberto Martins, presidente da Direção-geral da AAC em 69. O antigo dirigente estudantil contou um pouco da sua experiência durante a crise e não deixou de referir que, a propósito das grandes assembleias magnas, que chegavam a ter cerca de seis mil estudantes, “quando a juventude desce à rua, é o futuro que se levanta”.
Da crise académica das propinas, em 1992, “foi uma universidade inteira que se levantou”. Para o palco subiram António Vigário, Nuno Fonseca e Fernando Pompeu. Os três dirigentes estudantis da época foram também entrevistados “em direto para a Rádio Universidade de Coimbra” e partilharam com o Teatro Académico de Gil Vicente as suas estórias.
Durante o espetáculo, que teve a duração aproximada de duas horas, também foram recriados momentos como a Operação Flor. Mas um dos momentos altos foi a apresentação de uma homenagem ao reitor Rui de Alarcão, recentemente falecido. “Ao reitor, cidadão e sócio honorário da AAC”, afirmou o atual presidente da DG/AAC, Alexandre Amado, o homem que foi “a personificação plena da academia”. O edifício sede da AAC vai agora ter uma placa de homenagem a Rui de Alarcão.
Também o atual reitor da Universidade de Coimbra marcou presença na gala. João Gabriel Silva sublinhou a importância da AAC e dos seus estudantes: “Uma universidade não existe sem os seus estudantes”.
À meia noite, todos os presentes sopraram as velas à mais antiga associação de estudantes do País, que assinalou 131 anos de idade.