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Sociologia

A licenciatura em Sociologia (1º ciclo) procura proporcionar uma sólida formação dirigida à aquisição dos instrumentos teóricos e metodológicos de base para a prática da sociologia, desenvolvendo competências de compreensão sociológica do mundo atual e de utilização dos conhecimentos sociológicos nos contextos de prática profissional e de investigação científica.

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Jovens e Política

Daniel Francisco

A juventude e o interesse pela política não costumam andar juntos. Porém, apesar de comummente aceite, esta ideia não corresponde à realidade. Muitas das mais importantes transformações políticas das sociedades ocidentais nasceram nos meios juvenis e universitários. O que se confunde é muitas vezes o interesse político-partidário com o interesse pela “pólis” — a cidade, a vida da comunidade, a política no seu sentido abrangente. Esta diferença merece discussão. Não se deve tomar o desinteresse das camadas mais jovens pelo jogo partidário como sinal de indiferença face ao destino das respetivas comunidades.


Cultura online e offline: participação e exclusão

Paula Abreu

A participação e o consumo de atividades e serviços/bens culturais (música, cinema, espetáculos, exposições, etc.) nunca foram muito intensas e mostram muitas das desigualdades sociais existentes em Portugal. Com a transição de uma parte importante destas atividades para o universo digital, abriram-se novas oportunidades de acesso, consumo e participação através de múltiplos dispositivos (telemóvel, computador, tablet, aparelhos de TV inteligentes...) móveis e/ou instalados nas nossas casas. Mas também surgiram novos obstáculos de acesso e ao consumo e participação, geradores de novas formas de desigualdade social. Nesta sessão temos a oportunidade de discutir e pensar sociologicamente sobre o que é a cultura online e offline, o consumo e a participação cultural, bem como as velhas e novas desigualdades sociais geradas pelos obstáculos ao acesso, consumo e participação.

Nota: Disponibilidade para realizar duas sessões, no máximo.


Debater as dimensões sociais das alterações climáticas

António Carvalho e Ana Raquel Matos

O objetivo desta sessão é explorar as dimensões sociais da atual crise climática, reforçando o importante papel da sociologia na análise crítica deste fenómeno. Pretende-se, assim, encorajar os/as estudantes a refletir criticamente acerca das atuais respostas sociais, políticas, económicas e culturais propostas para fazer face a esta crise, e debater a forma como o fenómeno contribui para a reconfiguração das sociedades contemporâneas.

Nota: Disponibilidade para realizar duas sessões, no máximo.


Precisamos conversar sobre Violência Obstétrica

Sofia Madeira

A violência obstétrica é uma forma de violência de gênero praticada durante o cuidado obstétrico profissional. É um tema importante e sensível que merece nossa atenção. Nesta atividade, propomos dialogar com os jovens sobre más práticas e condutas que desrespeitam e agridem a mulher durante a gravidez, o parto, o abortamento e/ou o pós-parto. Os jovens serão informados sobre os diferentes tipos de violência que podem ocorrer neste processo, aprendendo a identificar más condutas e, ainda, serão convidados a refletir em grupo sobre os direitos das mulheres durante o processo de parto e como promover mudanças para garantir um parto seguro e respeitoso para todas as mulheres e crianças.


Saúde mental e sociedade

Sílvia Portugal

A saúde e a doença mental são, em geral, temas dominados pelos discursos médicos e psicológicos. Sabemos, no entanto, que os fatores sociais são fundamentais na sua compreensão. Esta sessão pretende discutir a relevância desta abordagem e a importância das Ciências Sociais, nomeadamente, da Sociologia nas explicações destes fenómenos.

Nota: Disponibilidade para realizar duas sessões, no máximo.


A economia social e solidária e a sociologia

Sílvia Ferreira

A mobilização dos cidadãos e das cidadãs em torno de problemas sociais e ambientais ou realização de aspirações coletivas está na base das iniciativas e organizações da economia social e solidária. Elas têm a forma organizacional de associações, cooperativas, mutualidades e fundações. Há ainda um crescente número de iniciativas como bancos de tempo, mercados de troca, moedas sociais, comércio justo, circuitos curtos de produção, etc..

A sociologia está equipada para compreender esta realidade, nomeadamente mobilizando conceitos como solidariedade, reciprocidade, inovação social, associativismo, voluntariado, capital social, empreendedorismo social, empresas sociais, etc. Trata-se também de um campo de prática profissional de sociólogos e sociólogas cujas competências são relevantes para as organizações e as suas áreas de intervenção. Nesta sessão discutimos o modo como a sociologia está implicada na economia social e solidária através da análise e da prática.


Desconectar para conectar: desafios aos jovens na sociedade digital

Paulo Peixoto

A crescente dependência da tecnologia em sociedades altamente conectadas generalizou a nomofobia como uma das maiores perturbações das sociedades contemporâneas. "Desconectar para conectar" pretende: debater a importância do contexto social na generalização da nomofobia; discutir o impacto da dependência de dispositivos eletrónicos nas atividades sociais e no envolvimento na sociedade; cotejar opiniões relativas à pegada digital, à higiene digital e ao detox digital. A sessão aponta para a emergência de políticas públicas, na área da educação e da saúde mental, que permitam aos jovens retirar o melhor do mundo digital e, ao mesmo tempo, viver plena e intensamente, com propósito, momento a momento, com atenção plena e com consciência de tudo o que está a acontecer nas suas vidas.


Intervenções urbanas para promover a sustentabilidade e a qualidade de vida

Paulo Peixoto

A renovação urbana, incluindo a requalificação e a reabilitação, é uma dinâmica incontornável da transformação das cidades a partir das últimas décadas do século XX. A sessão visa discutir, a partir de exemplos de cidades portuguesas (Coimbra, Lisboa e Porto) conceitos e práticas das intervenções urbanas (designadamente renovação, requalificação e reabilitação urbanas) à luz dos princípios do urbanismo tático e da sustentabilidade urbana. Quais as soluções sustentáveis para o planeamento urbano? Quais as vantagens do urbanismo tático? Como assegurar a qualidade de vida urbana? Até que ponto a renovação urbana é sustentável e garante a qualidade de vida?