Orador:

René Ramírez

Título:

“«Vida boa» e a economia política do tempo”.

Data, hora e local:

22 de junho de 2023, 15h, Sala Keynes da FEUC + online

Nota biográfica

René Ramírez Gallegos é Economista, Doutor em “Sociologia: Relações de Trabalho, Desigualdades Sociais e Sindicalismo” pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Centro de Estudos Sociais. É igualmente Mestre em “Desenvolvimento Económico” pelo Institute of Social Studies, Erasmus University of Rotterdam, e Mestre em “Governo e Políticas Públicas” pela FLACSO-México. Foi Ministro de Planeamento e Desenvolvimento (2008-2011) e Ministro do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (2011-2017) do Governo do Equador. Atualmente, é Investigador do “Programa Universitario de Estudios sobre Democracia, Justicia y Sociedad” (PUEDJS) da Universidade Nacional Autónoma do México (UNAM) e Docente da Universidade de Buenos Aires (UBA). É ainda Diretor do Instituto de Produção, Economia e Trabalho da Universidade Nacional de Lanús, Argentina. A sua investigação centra-se na socio-ecologia política do tempo, no bem viver, no bem-estar objetivo e subjetivo, na democracia e na economia do conhecimento, temas sobre os quais publicou dezenas de artigos e livros.

Resumo:

Tendo por referência conceptual a socio-ecologia política da vida boa (Ramírez, 2012; Ramírez, 2019), a conferência apresenta uma proposta metodológica e empírica para examinar, pensar e disputar a realização do “Bom Viver”. A sociedade do Viver Bem requer novas métricas que ajustem a sua perspetiva teórica aos seus mandatos sociais. Para este efeito, e partindo de uma crítica que expõe as limitações de utilizar o dinheiro como avaliador do bem-estar, defende-se a utilização do 'tempo bem vivido' (TBV) como unidade de análise. A partir de tal construção conceptual, propõe-se a utilização do indicador Esperança de Vida Boa (EVB), criado pelo autor, como avaliador sintético da transição para a construção da sociedade do "Bom Viver" no Equador. O pano de fundo teórico da investigação apresentada coloca sobre a mesa do debate a necessidade de construir uma nova teoria do valor que permita construir novas ordens ucrónicas.