Projetos
Projeto CLIMATE@COA
Clima e adaptação humana durante o último Período Glacial na região do Vale do Côa (Portugal).
Projecto financiado pela FCT.
Para mais informações consultar, https://climatecoa.com/.
Projeto GEODES
VISÃO GERAL DO PROJETO
Com o projeto GEODES, coordenado por docentes do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra, promove-se a formação/investigação no domínio das geociências em instituições de Angola e Moçambique onde esta se encontra a dar os primeiros passos e se reconhece grande margem de progressão. As principais instituições a apoiar são o Instituto Politécnico da Universidade Katiavala Bwila (UKB, Benguela, Angola), Instituto Politécnico da Universidade Mandume ya Ndemufayo (UMN, Lubango, Angola), Faculdade de Engenharia da Universidade de Lúrio (ULurio, Pemba, Moçambique) e Faculdade de Geociências e Ambiente da Universidade de Pungué (UPungue, Chimoio, Moçambique). O projeto envolve ainda, com funções tutorias a nível regional, as universidades onde a formação em geociências surge mais consolidada nos dois países (Universidade Agostinho Neto em Angola e Universidade Eduardo Mondlane em Moçambique), bem como as universidades de Salamanca e Turim. Trata-se de um projeto do Programa Erasmus+ que deve reforçar o desenvolvimento de parcerias da Universidade de Coimbra e do seu Departamento de Ciências da Terra da com instituições de Angola e Moçambique.
Para mais informações consulte o site Project Geodes clicando aqui.
Grupo de Geociencias José Bonifácio d’ Andrada e Silva
O Grupo de Escolas de Geociências vem dar continuidade ao Acordo de cooperação entre Instituições de Ensino Superior dos Países Membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa no que toca à “(…) cooperação entre instituições de ensino superior mediante atividades de apoio à educação e cultura, à pesquisa e ao desenvolvimento científico e tecnológico”.
Objetiva consolidar a relevância mundial das Geociências como pilar fundamental para a sociedade do conhecimento, para a valorização dos recursos e da geodiversidade, assim como para a criação de soluções tecnologicamente desenvolvidas e sustentáveis.
Esta parceria adota a designação “Grupo de Escolas de Geociências José Bonifácio d’Andrada e Silva”, em homenagem à primeira cátedra específica em “Geologia e Minas”, na Universidade de Coimbra, criada por carta régia, a dezoito de maio de 1801, atribuída ao Professor José Bonifácio d’Andrada e Silva.
Instituições Parceiras
 |
|  |
|  |
|  |
 |
|
| Departamento de Geologia (Faculdade de Ciências) e Departamento de Engenharia de Minas (Faculdade de Engenharia), Universidade Agostinho Neto (Luanda, Angola) | | Instituto Superior Politécnico Tundavala (Lubango, Angola) | | Departamento de Geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, Brasil) | | Laboratório de Geologia e Geo Engenharia de Petróleo (Progeologia), Núcleo de Petróleo e Gás (NUPEG), Universidade Federal de Sergipe (Sergipe, Brasil) | Universidade Federal do Acre (Rio Branco, Acre, Brasil) | |
| | | | | | | | ||
 |
|  |
|  |
|  |
||
| Departamento de Ciência e Tecnologia da Universidade de Cabo Verde (Cidade da Praia, Cabo Verde) | | Departamento de Geologia da Universidade Eduardo Mondlane (Maputo, Moçambique) | | Departamento de Ciências da Terra da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra (Coimbra, Portugal) | | Instituto do Petróleo e Geologia (Díli, Timor-Leste) |
Âmbito das Atividades
Investigação, Desenvolvimento e Inovação |
|
Ensino e Formação |
|
Capacitação Institucional |
|---|---|---|---|---|
|
Discussão estratégica: Desenvolvimento e inovação científica; Articulação empresas e organismos nacionais/internacionais Cooperação entre grupos científicos: Artigos científicos; livros; atas; Transferência de conhecimento Partilha de recursos: Bibliográficos; cartográficos; recursos laboratoriais e outros Internacionalização: Cooperação internacional; Revalidação de competências |
Estimular o intercâmbio de experiências: Científico-pedagógicas; Planos curriculares pré e pós-graduados Acreditação da qualidade do ensino: Interinstitucional; multidisciplinar; Ciclos de estudos pré e pós graduados; Revalidação de competências Internacionalização: Summer courses; Mobilidade in/out de estudantes e docentes; Cooperação de unidades de I&D; Atração e acolhimento de investigadores Ensino e Desenvolvimento Pedagógico: Avanços tecnológicos: novos canais de comunicação |
Referencial interinstitucional: Parcerias; Contributos mútuos Divulgação: Congressos científicos; Seminários; Workshops; Eventos culturais Sustentabilidade: Candidaturas conjuntas; Recursos extern |
Nascido 13 de junho de 1763, no município de Santos, São Paulo, concluiu os seus primeiros estudos nesta cidade, com 14 anos, mudando-se para S. Paulo para prosseguir os estudos.
Continuou os seus estudos em S. Paulo até 1783, quando a falta de uma Universidade Brasileira, o levou a sair para Portugal, ingressando na Universidade de Coimbra, no curso de estudos jurídicos e um ano mais tarde nos cursos de matemática e filosofia natural. Foi nesta altura que começou a escrever poesia, e que começou a movimentar-se por causas, nomeadamente contra o tráfico humano e escravatura.
A sua vocação pela atividade cientifica manifestou-se cedo, com o seu interesse virado pela exploração mineira, tendo terminado o curso de Filosofia Natural em 1787, e no ano seguinte o curso de leis. Foi admitido na Academia das Ciências de Lisboa em 1789, iniciando, um ano depois, uma viagem pela Europa para aperfeiçoar os seus conhecimentos de mineralogia e filosofia e história natural. Esteve em Paris a estudar Química e Mineralogia, durante o início da Revolução Francesa, tendo sido eleito sócio da Sociedade Filomática de Paris e membro da Sociedade de História Natural. Frequentou a Escola de Minas em Freiberga, Saxónia, em 1792, tendo também estudado siderurgia. Foi na Suécia e na Noruega, em 1796, que deu o seu maior passo como cientistas, tendo caracterizando quatro novas espécies minerais e oito variedades de espécies já conhecidas. A sua viagem termina em 1800, com o regresso a Portugal, e foi no ano seguinte, a 18 de maio de 1801, que ficou responsável pela cátedra de “Geologia e Minas”, cátedra esta criada especificamente para este, e que seria a primeira cátedra de geociências lecionada em língua portuguesa. Também foi pela mesma altura que foi nomeado intendente-geral das Minas e Metais do Reino e administrador das antigas minas de carvão de Buarcos, entre outros cargos de relevante importância em Portugal, chegando mesmo a ser nomeado secretário perpétuo da Academia Real, em 1812.
Regressa ao Brasil em 1819, levando ideais de liberdade, propondo a abolição da escravatura. Nesta altura, recebeu convite como ajudante do ministro, tendo recusado, e voltado para a sua cidade natal, onde seu irmão era Diretor de Minas e Matas da Capitania de São Paulo.
Em 1821, inicia o seu percurso politico no Brasil, após o anúncio do regime constitucional do Brasil pelo na altura Governador, João Carlos Augusto de Oyenhausen-Gravenburg.
Em 1822, D. Pedro nomeia José Bonifácio d’Andrada e Silva, Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Reino, tendo chefiado o governo durante a ausência do príncipe regente durante uma viagem deste a Minas Gerais. Aquando o novo governo, foi nomeado ministro do Interior e dos Negócios Estrangeiros, até ter sido substituído a 28 de outubro de 1822 e reintegrado oito dias depois como ministro do Império, acabando por ser demitido pelo imperador a 15 de julho de 1923, mas nunca se tendo afastado dos assuntos políticos do Brasil.
A 12 de novembro de 1823, José Bonifácio d’Andrada e Silva foi preso após o imperador ter forçado um golpe de dissolução da Assembleia, tendo sido obrigado ao exilio. Residindo, entre 1824 e 1828, em Talence, perto de Bordéus, dedicou-se novamente a poesia, publicando a obra “Poesias Avulsas de Américo Elísio”, em 1825. Em 1829, foi permitido o seu regresso ao Brasil, após a sua absolvição e liberdade conseguidas no ano anterior.
Apesar das desavenças dos últimos anos, D. Pedro acabou por nomear José Bonifácio d’Andrada e Silva, na altura com 68 anos, tutor do seu filho D. Pedro II. Devido às suspeições do governo no envolvimento de José Bonifácio em levantes armados, foi novamente preso em casa. Nesta altura, abandona a vida política e passa o resto da sua vida em reclusão.
Apesar da lustrosa carreira, não possuía grandes bens materiais, destacando-se no entanto, e de modo muito característico, uma biblioteca com mais de seis mil volumes.