Olhar está associado ao sentido da visão, que alguns afirmam ser o mais sofisticado dos sentidos.

Tocar está associado ao tacto que pode ser sentido em todo o nosso corpo, dos pés à cabeça, já que as sensações são recebidas através da pele.

Aristóteles classificou os cinco sentidos básicos que são responsáveis pela codificação sensorial no seculo IV a.C. e defendeu que o conhecimento era uma via de dois caminhos, já que, para o ser humano atingir o conhecimento o verdadeiro, o pensamento deveria passar pelo intelecto puro e pelos sentidos do corpo.

Mais recentemente, investigadores de diversas áreas científicas argumentam que a experiência humana com o ambiente é mais rica do que se imaginava e que as pessoas podem apresentar vários outros sentidos. Ou melhor, outras subdivisões de sentidos, ou perceções, como o equilíbrio, a termoceção ou a sinestesia. No entanto, continuam a reconhecer que a visão, o tacto e audição são, de entre os 5 sentidos fundamentais, aqueles que mais potenciam a nossa condição de ser humano.

Será, portanto, sempre um desafio refletir sobre diferentes modos de olhar e de ver, e sobre o saber ver e saber fazer, assim como debruçar-nos sobre variantes da relação do olhar / tocar e sobre as várias possibilidades de correlações dos nossos sentidos.