Programa do Dia da Europa e enquadrado no Programa Cientificamente Provável Agrupamento de Escolas Rainha Santa Isabel de Coimbra | 6 de Maio de 2019

As guerras, as perseguições de diversa ordem e o clima têm contribuído para o aumento do número de refugiados na Europa e no Mundo. Às dificuldades de abandonar espaços de conflito ou de hostilidade latente, aos condicionalismos resultantes dos itinerários de fuga, à passagem por campos e à adaptação (social, económica, linguística, cultural, etc.) perante a nova casa-país, têm vindo a acrescer sentimentos de rejeição e de intolerância. Neste sentido, importa conhecer a realidade, escutar os seus protagonistas, explicar as suas contingências e, sobretudo, estimular um debate que se pretende esclarecido e liberto de preconceitos e estereótipos.


PROGRAMA

9h30 – Sessão de Abertura

Apresentação da Ação enquadrada no Programa Cientificamente Provável do Ministério da Educação e no Programa do Dia da Europa, com a presença do Diretor do Agrupamento de Escolas Rainha Santa e dos representantes das entidades organizativas e colaboradoras.

• Palestra pelo Investigador Sírio Mohammad Safeea (Área da Robótica da FCTUC),

10h – 4 Painéis Temáticos

1. Primeira Guerra Mundial (1914-1918)

A guerra tirou a vida a 16 milhões de pessoas e terá ferido mais de 22 milhões. Pelo menos 10 milhões abandonaram as suas casas em fuga: belgas, franceses, alemães, italianos, sérvios, polacos, judeus, russos e arménios. Alguns foram bem-recebidos por nações vizinhas. Outros foram discriminados no seu próprio país. À medida que o tempo passava, a hospitalidade foi diminuindo. Houve massacres e muitos campos de refugiados.

2. Segunda Guerra Mundial (1939-1945)

O maior conflito de sempre custou a vida a mais de 50 milhões de pessoas. Poucos meses antes do seu início, milhares de espanhóis tinham já atravessado a fronteira francesa, procurando escapar à guerra civil. Entre 1939 e 1945 foram frequentes as evacuações em massa, os deslocamentos forçados, a expulsão e a deportação de populações. Na sequência deste conflito, milhões de pessoas encontravam-se deslocadas das suas cidades e dos seus países, quer por motivos religiosos, quer por força da destruição causada pela Guerra, sendo mesmo necessária a criação de campos para "pessoas deslocadas" em diferentes países europeus e mesmo extra-europeus.

3. Atualidade e Passado Recente

Embora nenhum conflito voltasse a ter a dimensão de 1939-1945, novas discórdias surgiram: guerras entre países, guerras civis, massacres e limpezas étnicas. Levantaram-se muros, como o que divide Chipre. Levantam-se muros, como o que está a ser construído entre o México e os Estados Unidos. O Mediterrâneo tornou-se um cemitério azul-vivo de refugiados e migrantes.

4. Estatuto do Refugiado: desafios para a Democracia

Em 1951 foi aprovado o Estatuto do Refugiado. Nem todos os países assinaram este documento. E mesmo os que assinaram, recusam-se a dar a proteção necessária a refugiados. O desafio permanece. Como os integrar? Como defender os direitos humanos quando os populismos afirmam que o estrangeiro quer destruir a nação? Como responder à questão do clima, que desaloja milhares de pessoas, à medida que os desertos invadem povoados e zonas cultivadas? Estará a legítima e eficaz solução na soberania nacional?

11h30 – Sessão Plenária dinamizada pelos alunos

12h30 – Almoço na Cantina da Escola


Organização

• CEIS20

• Agrupamento de Escolas Rainha Santa Isabel (Coimbra)

• Biblioteca Escolar do Agrupamento de Escolas Rainha Santa Isabel (Coimbra)

Apoios

• Europe Direct

• Associação Académica de Coimbra

• Ministério da Educação - Secretaria de Estado da Educação