Coimbra em Gravuras: A Representação da Cidade em Livros e Revistas

29 maio, 2024≈ 3 mins de leitura

A imagem de Coimbra foi motivo para múltiplas representações, desenhadas pelos mais distintos artistas europeus, que ao longo dos séculos viajaram pelo país exibindo nos seus desenhos as cidades e as paisagens portuguesas.

Esta exposição pretende mostrar um conjunto de gravuras em documentos impressos, particularmente entre os séculos XVI a XIX, servindo como testemunho da evolução urbana e das suas transformações arquitetónicas.

As primeiras representações impressas da cidade de Coimbra surgem no século XVI, sendo a mais conhecida a panorâmica incluída na obra Civitates Orbis Terrarum, de Braun e Hogenberg, publicada entre 1572 e 1618, a mais completa coletânea publicada no período renascentista. Esta gravura inclui uma legenda e no verso uma descrição pormenorizada da cidade, existindo uma versão em latim e outra em francês.

Esta gravura serviu de base para muitas outras que se publicaram posteriormente como a que se inclui na obra de Martin Zeiller, Hispaniae et Lusitaniae Itinerarium, de 1656, ou na obra Thesaurus Philo-politicuser, publicada em Frankfurt, em 1627 (Conimbria in Portugal) , ou ainda na obra de James Murphy A general view of the state of Portugal, publicada em Londres em 1798, entre outras que se encontram expostas.

Além das panorâmicas da cidade, encontram-se também expostas gravuras de alguns monumentos e locais da cidade que foram igualmente motivo para a ilustração de livros e revistas, como os edifícios religiosos: a Igreja de Santa Cruz, a Sé Velha e a Sé Nova, os conventos de Santa Clara-a-Velha e de Santa Clara-a-Nova.

Também o espaço universitário, nomeadamente através dos edifícios do Paço das Escolas, foi dos mais representados nas gravuras de Coimbra. As gravuras apresentadas neste âmbito estão na sua maior parte incluídas no Anuário da Universidade de Coimbra, publicado entre os anos de 1871 a 1880. Mostram-se neste núcleo diversas panorâmicas destes edifícios: a Via Latina, a Biblioteca Joanina (exterior e interior) e o Observatório Astronómico, demolido nos anos 50 do século XX, que se erguia ao fundo do Pátio da Universidade.

Na parte final das obras expostas inclui-se um conjunto de obras musicais, serenatas e baladas de Coimbra, cujas capas são decoradas com motivos alusivos à cidade, nas quais a Universidade e a figura do Estudante surgem frequentemente representadas.

Exposição | Biblioteca Joanina | Piso intermédio

Obras expostas

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