Cristina Albuquerque
Vice-Reitora da Universidade de Coimbra para as áreas de Ensino e Atratividade, responde a uma série de vinte questões, inspiradas no Questionário de Proust
Prefiro momentos de (plena) felicidade: um abraço de quem gosto, um pôr do Sol, um sorriso sincero, um bom livro…em suma, tudo o que envolva entrega e sentimentos genuínos. A felicidade plena (a existir) será resultado de tudo isso e, como tal, uma construção constante.
Perder a capacidade de me deixar deslumbrar pela vida e pelas pessoas e perder a memória de quem sou e dos que amo.
Admiro sobretudo pessoas comuns que são “heróis” na construção de sentido nas suas vidas e nas dos que as rodeiam. A figura pública viva que mais admiro é Barack Obama.
A integridade e todas as que com ela se conectam: a coragem, a sinceridade, a lealdade, a liberdade…
Uso, mais do que gostaria, ou deveria, as palavras “nunca” e “sempre”.
O maior amor da minha vida é o meu filho. O que mais amo é a capacidade de amar.
Quando conheci o meu filho, desde o momento em que foi concebido.
O de “alquimista” de emoções…
A ponderação e a prudência; o contínuo exercício de “aceitação” do que não posso mudar no imediato, dando-me o tempo necessário para o conseguir concretizar da forma possível, nem sempre da forma idealizada.
A frontalidade, a presença, que espera e persiste, a cumplicidade, que não exige palavras, somente sorrisos partilhados, memórias construídas e alimentadas, a palavra certa nas horas certas, o abraço que vale por si e que diz tudo o que precisa de ser dito.
Eugénio de Andrade, que sempre me emociona, Vinícius de Moraes, Miguel Torga e muitos outros.
Não tenho heróis de ficção…
Todas as pessoas que não se deixam esmagar pelas adversidades, que libertam a esperança da caixa de Pandora, e que defendem convicções justas; cada pessoa comum que, dia após dia, pensa no bem-estar dos outros, tantas vezes esquecendo-se de si, e que faz a diferença em muitos mundos; todos os que se superam continuamente e nos mostram que é possível, apesar de todas as dificuldades, ser feliz e partilhar felicidade …
Nelson Mandela.
Adolf Hitler.
Ler e ouvir a música do mar num fim de tarde primaveril.
A exigência, comigo própria e com os outros.
O que já sou. Gosto de ser professora. Se tivesse talento (que não tenho) adorava ser escultora ou fotógrafa.
O inconformismo e a coerência com os valores nos quais acredito.
Se tiver de me arrepender de algo que seja por aquilo que fiz por ter acreditado que era o melhor, não por algo que deixei de fazer por medo ou por apatia. Não há nada pior, para mim, do que a “saudade” do que não vivi.
Produção e Edição de Conteúdos: Milene Santos, DCOM
Edição de Imagem: Sara Baptista, NMAR
Grafismo: Francisco Elias, NMAR