Episódio #21 - Rómulo - Centro Ciência Viva da Universidade de Coimbra

Foi a 24 de novembro de 2008 que o Rómulo – Centro Ciência Viva da Universidade de Coimbra abriu as suas portas à comunidade. Criado com a missão de ser um espaço de divulgação de ciência, este projeto da Universidade de Coimbra (UC) tem acolhido e promovido inúmeras iniciativas que procuram explicar o mundo da ciência a públicos de diversas faixas etárias. Além das atividades de divulgação de ciência, o centro tem ainda uma biblioteca e espaços de estudo ao dispor da comunidade da Universidade de Coimbra. Neste episódio da rubrica A Nossa UC, fomos descobrir as atividades e os espaços do Rómulo para procurar perceber como é que o centro procura mostrar que há uma explicação para tudo.

Ao longo de 14 anos, o Rómulo – Centro Ciência Viva da Universidade de Coimbra tem vindo a abrir as suas portas a toda a comunidade para oferecer um vasto leque de atividades centradas na divulgação de ciência. Fundado por Carlos Fiolhais, professor catedrático jubilado da UC, foi inaugurado a 24 de novembro de 2008, data em que se assinalam o Dia Nacional da Cultura Científica e o aniversário do nascimento de Rómulo de Carvalho, pedagogo e divulgador de ciência. Desde então, tem mantido portas abertas para “fazer com que as pessoas se apaixonem pela ciência”, conta a diretora do Rómulo, Constança Providência.

O Rómulo é um dos 22 centros que atualmente integram a Rede Nacional de Centros Ciência Viva, tutelada pela Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, que tem por objetivo central aproximar a sociedade portuguesa da ciência. Este centro que habita o património da Universidade de Coimbra pretende ser um lugar de aprendizagem, mas também “um espaço onde qualquer membro da comunidade UC pode organizar palestras, tertúlias, mesas redondas, qualquer tipo de evento de comunicação de ciência que leve a ciência ao cidadão”, explica Constança Providência.

No passado recente, o papel do centro enquanto divulgador de ciência revestiu-se de particular importância à medida que novas problemáticas foram, e ainda vão, afetando o mundo em que vivemos, como são exemplos as alterações climáticas ou a vacinação por conta da pandemia de COVID-19. “No mundo em que vivemos, estamos cada vez mais dependentes da ciência e da tecnologia e é muito importante sabermos fazer escolhas fundamentadas”, destaca a diretora do centro.

Neste desígnio de dar resposta às perguntas que a sociedade tem colocado sobre a evolução da ciência, o Rómulo tem promovido atividades para todos os tipos de público. As crianças são um dos públicos que o centro tem procurado conquistar desde a sua criação, de forma a que possam ganhar “ferramentas para perceber o que está à nossa volta e poderem dar respostas às perguntas que têm”, sublinha Constança Providência. Em simultâneo, o centro pretende ainda apresentar-lhes a nossa Universidade, os seus espaços e a investigação que aqui é feita.

O trabalho junto de crianças e jovens traduz-se na organização de diversas atividades, sendo uma delas o projeto “Escola Ciência Viva”. Através desta iniciativa, alunas/os do 4.º ano de escolas do distrito de Coimbra são desafiadas/os a passar uma semana no centro, para desenvolverem atividades, visitas, experiências e conversas com investigadoras/es, dando-lhes, assim, a possibilidade de “mergulhar no universo UC”, revela a diretora do Rómulo. Ao mesmo tempo, as atividades procuram “levar a ciência às crianças, estimulando o gosto pela ciência e mostrando-lhes o mundo de uma forma diferente”, conta Helena Arede, uma das professoras que desenvolve o trabalho com o público mais jovem. Para além deste acolhimento na casa do Rómulo, o centro promove ainda atividades fora de portas, através de clubes de ciência nas escolas, que procuram incutir “o gosto pela observação e pela experimentação”, acrescenta a professora.

Para o futuro do Centro Ciência Viva da Universidade de Coimbra permanece a missão de continuar a desafiar a sociedade a entender e a relacionar-se com a ciência, porque “se não entrarmos no mundo da ciência, há muita informação que nos escapa e não teremos capacidade de cuidar de nós, da nossa comunidade e do nosso planeta”, destaca Constança Providência.

Produção e Edição de Conteúdos: Catarina Ribeiro, DCOM e Inês Coelho, DCOM

Imagem e Edição de Vídeo: Marta Costa, DCOM

Edição de Imagem: Sara Baptista, NMAR

^{Publicado a 27.12.2022}